Huay Xai

A cidade - bom, chamar 'cidade' àquele amontoado singular de casas é, no mínimo, abusar do conceito...! - foi, durante o período da Guerra, um dos maiores centros de produção de ópio para os americanos.
Agora é apenas e tão-só um movimentado poiso para uma noite de espera entre a travessia da fronteira Tailândia-Laos e o embarque no slow boat, via Mekong, com destino a Luang Prabang.



E cá estão alguns dos slow boats.
E olhem que, quando se fala em slow, é mesmo mesmo devagar devagarinhooooo...


Onde não podia faltar, como sempre, a parabólica, esse elemento essencial da vida quotidiana dos asiáticos em geral. :))
O que seria da vida deles sem a telenovela tailandesa...???


Tal como os vasos.
Vá onde se for, seja em casas, em barracos ou em barcos (e não se esgotam por aqui, nem de perto nem de longe, os inusitados locais onde as gentes daqueles lados conseguem enfiar vasos e mais vasos), há sempre vasos e mais vasos e mais vasos.

Sempre bem verdinhos e com plantinhas muito bem cuidadas.



E não há aventura como ir na época das monções.

Com as chuvas, os portos que existiam desapareceram sob vários metros de águas barrentas e tivemos que desembarcar nos lamaçais que se apoderaram das encostas que rodeavam o Mekong.

E o equilíbrio em cima de tabuinhas de madeira que deslizavam na lama é um desporto muito em voga no Mekong, nesta época do ano.
Uma espécie de mudsurfing... :))



E adivinhe-se lá quem conseguiu aterrar a pés juntos na poça de lama mais próxima do barco...a princesinha indiana, pois!

Que se pôs a gritar e a baloiçar para a frente e para trás, com o peso da mochila, perante os risos dos locais!!!


Sim, que se há coisa impressionante no Laos é a facilidade com que se consegue arrancar um sorriso sincero a qualquer local, seja ele adulto, criança, idoso, homem ou mulher...!

São o povo mais relaxado, mais calmo, mais pacífico, mais simpático e mais bem-disposto que eu já tive a oportunidade de conhecer.

E as crianças, então...!









Depois de deixar a mochila na guesthouse, foi altura de explorar a cidadezinha.


Com a sua rua principal.


O mercado.
Onde ninguém se atreveu a provar as iguarias locais.








Sempre com o Mekong à vista.


E o insólito à espreita.


E o enxame de parabólicas, quase maiores que as casas.





O aproveitamento de todos os espaços para tratar das lides da casa e da produção de alimentos.


E o templo, lá no cimo, bem sobranceiro ao Mekong e à cidade.











Pela primeira vez, assisti ao costume que os locais têm de, ao fim do dia, se banharem na rua, no exterior das suas casas.
Eles, em calções; elas, em camisa de noite, debaixo de chuveiros improvisados na parede das casas.
E os meninos e as meninas, sentados em alguidares.
É um costume delicioso, até porque os locais se divertem como crianças no banho.
E é visto como um dos grandes momentos quotidianos em família.
Por isso mesmo, é considerado absolutamente rude, mal-educado e inadmissível fotografar estas ocasiões.
Razão pela qual não o fiz, por respeito.
Mas que, mais uma vez, a princesinha indiana não conseguiu respeitar. E que lhe valeu olhares furiosos não só dos locais como dos que se reduziram ao respeito pelos costumes alheios.

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